Popper e os Inimigos da democracia

Teoria Política Contemporânea

Sociedade Aberta e a democracia em Popper
(3ª Sugestão)

Karl Popper nasceu em 1902, em Viena, e faleceu em 1994 em Kenley. The Open Society and It’s Enemies publicado em 1945, e The Poverty of Historicism, de 1957, obras traduzidas em praticamente todas as línguas, representam a sua passagem no mundo do pensamento político.

Popper analisa a liberdade de crítica como algo indispensável para o progresso do conhecimento como a possibilidade de criticar uma teoria, submetendo-a a teste. É neste parâmetro de análise/crítica que Popper funda a distinção entre sociedade aberta e sociedade fechada, é na aceitação ou não da liberdade crítica que diferem. Na chamada sociedade aberta essa liberdade contribui para a possibilidade de alteração de leis, através da crítica racional. Na segunda, sociedade fechada, não visa a alteração de leis ou costumes, impossibilita uma avaliação crítica por parte dos indivíduos. O filósofo desenvolve uma defesa do ideal de sociedade aberta, iniciando a sua análise na cidade de Atenas século v a. C. que vai contrastando com a de Esparta. Popper compara a democracia ateniense às democracias liberais do Ocidente do século XX e os totalitarimos nazi e comunista à tirania de Esparta, concluindo serem um conflito semelhante com séculos de distância, pois as modernas democracias liberais acabam por ser o reflexo de um longo processo de abertura a partir das sociedades fechadas do passado. O autor de “The Open Society and It´s Enemies” conclui que as culturas comerciais e marítimas tem maior tendência para a abertura intelectual. Popper afirma, por isso, que o processo de abertura terá tido inicío em Atenas, que era estimulada a avaliar, justificar e reformar criticamente as suas próprias leis