Pop arte
1. Contexto Histórico
O século XX inicia-se no Brasil com muitos fatos que vão moldando a nova fisionomia do país. Observa-se um período de progresso técnico, resultante da criação de novas fábricas surgidas principalmente da aplicação do dinheiro obtido através do café. Ao lado disso, outro fato contribuiu para fazer o Brasil crescer e alterar sua estrutura social: a espantosa massa de imigrantes que em apenas oito anos chega a quase 1 milhão de novos habitantes.
Assim, as forças sociais que atuam na realidade brasileira já em 1917 são bem complexas. Em são Paulo, por exemplo, ocorre uma greve geral de que tomam parte 70 000 operários. Essa paralisação foi organizada pelo movimento anarquista, constituído principalmente por imigrantes, os primeiros a questionar o capitalismo paulista.
Esses tempo novos vivem, então, “espera de uma arte nova que exprima a saga desses tempos e do porvir”
2. A semana de Arte Moderna de 1922
Essa arte nova aparece inicialmente através da atividade crítica e literária de Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e alguns outros artistas que vão se conscientizando do tempo em que vivem. Oswald de Andrade, já em 1912, começa a falar do Manifesto Futurista, de Marinetti, que propõe “o compromisso da literatura com a nova civilização técnica”.
Mas, ao mesmo tempo, Oswald de Andrade alerta para a valorização das raízes nacionais, que devem ser o ponto de partida para os artistas brasileiros. Assim, cria movimentos, como o Pau-Brasil, escreve para os jornais expondo suas idéias renovadoras de grupos de artistas que começam a se unir em torno de uma nova proposta estética.
Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar Segall, em 1913, e a de Anita Malfatti, em 1917.
A exposição de Anita Malfatti provocou uma grande polêmica com os adeptos da arte acadêmica. Dessa