Pompéia
Situada no pé do monte Vesúvio, às margens do que hoje conhecemos como baía de Nápoles, Pompéia era uma cidade próspera, com cerca de 20 mil moradores. Toda murada, tinha uma área urbana – onde se concentravam residências e casas comerciais como padarias, bares, lavanderias, bancos e banhos públicos.
E uma rural, ocupada por grandes propriedades dedicadas à agricultura, onde plantavam principalmente trigo, azeitona e uva para a produção do famoso vinho da cidade.
O centro urbano de Pompéia consistia de uma parte mais antiga, construída pelo povo itálico séculos antes de a cidade tornar-se colônia romana, em 80 a.C., e outra mais recente, com duas ruas principais, que cortavam a cidade nos sentidos norte-sul e leste-oeste, e quarteirões regulares.
Além da agricultura favorecida pelas terras produtivas da região, era o porto às margens do mar Mediterrâneo que garantia a saúde econômica de Pompéia. Barcos chegavam o tempo todo trazendo comerciantes estrangeiros, sobretudo fenícios. Podia-se comprar de tudo no porto de Pompéia, desde macacos africanos e canela da China até escravos e escravas orientais. E circulava muito dinheiro por ali.
A elite local era formada na maior parte por proprietários rurais, que tinham casas no campo e também na costa de Pompéia, à beira-mar, com marinas particulares e seus próprios barcos. Além deles, faziam parte da elite os donos das lojas mais sofisticadas, casas de banho e indústrias de tecido. Os comerciantes eram o que hoje chamamos de classe média e moravam geralmente em casas construídas sobre seus estabelecimentos. Com eles normalmente moravam seus familiares e escravos. Na base da pirâmide social ficavam os trabalhadores rurais.
Ricos e pobres, todos se achavam abençoados por morar em Pompéia. Eles acreditavam que a fertilidade da terra era um presente dos deuses e não desconfiavam que o solo tinha tanta qualidade por causa de antigas erupções do Vesúvio. Aliás, eles nem sabiam o que era um vulcão.