O estado de zimbabwe
O que aconteceu à grande civilização que surgiu e floresceu no coração do sul de África no século XII?
A sua magnífica cidade murada permaneceu como testamento de uma cultura florescente e sofisticada, chamada o Grande Zimbabwe, e que no século XIV caiu abruptamente no esquecimento.
Viajemos para trás no tempo, até 1871, quando o geólogo alemão Carl Mauch, obcecado pelos rumores de umas misteriosas ruínas, sobrevivendo a um roubo e um rapto conseguiu redescobrir o Grande Zimbabwe.
A teoria de Mauch de que tinha descoberto os palácios da Rainha de Sabá e as minas do Rei Salomão permaneceu como facto até 1928, quando a arqueóloga Gertrude Caron-Thompson escavou o local com a sua equipa exclusivamente formada por mulheres. Ela desenterrou provas de que o Grande Zimbabwe era em vez disso uma criação de nativos africanos.
O Grande Zimbabwe é um complexo de amuralhados de pedra situados na região leste do Zimbabwe, perto da fronteira com Moçambique.
Este complexo é considerado um monumento nacional, que deu o nome ao país onde actualmente se situa.
O Monumento Nacional do Grande Zimbabwe foi inscrito pela UNESCO como Património Mundial em 1986.
Pensa-se que este complexo constituiu a capital de um estado, conhecido como O Primeiro Estado do Zimbabwe, que floresceu no planalto central daquela região entre 1250 e 1450.
A razão do abandono desta "cidade" praticamente sem deixar outros vestígios não é conhecida, uma vez que não existem registos escritos, mas acredita-se estar relacionada com a invasão da região pelos Mwenemutapas, que deram origem a um grande império, mas estabelecendo a sua capital a cerca de 500 km do Grande Zimbabwe, próximo do rio Zambeze.
Os povos Shona parecem ter-se fixado nesta região durante o século V e, a partir dessa época começaram a construir estes amuralhados que, na língua chiShona se chamam madzimbabawe.
Encontraram-se outros complexos deste tipo em toda a região, o mais importante dos quais, pela quantidade