Pompeia

SESC POMPEIA

Apos alguns anos no ostracismo, devido a divergências politicas com o governo militar, Lina foi convidada pelos diretores do SESC para projetar a unidade da Pompeia. No local, havia uma antiga fábrica de tambores, feita de concreto armado e utilizando alvenaria como vedação. A diretoria do SESC tinha como ideia derrubar a estrutura existente para a criação de uma nova, porém a arquiteta decide manter os prédios e os desnuda, removendo seus revestimentos e jateando as paredes com areia. Quando a arquiteta chegou no conjunto para iniciar os trabalhos e instalar seu escritório, notou que várias atividades já ocorriam no local: esportes, bailes da terceira idade, peças de teatro amador, churrascos aos sábados. Ela resolveu que queria manter e amplificar a participação popular no edifício. Houve poucas modificações na estrutura dos galpões. Suas paredes ficaram com alvenaria aparente. A estrutura do telhado foi preservada e não foi acrescentado forro para a melhor utilização da iluminação natural. Foi refeito o piso e houve a criação de caminhos d'água. Neles funcionam ateliês, restaurantes, biblioteca, salão de jogos, almoxarifado e área de administração.

Figura 1 – Antiga fabrica de tambores

Figura 2 – Após a reforma, onde é possível notar a preservação da estrutura Apesar de toda a estrutura presente, houve a necessidade da criação de prédios para o complexo esportivo. Seguindo as tendências modernistas, o SESC Pompeia foi projeto em formas geométricas. O Quadrilátero de maior seção tem quatro andares, todos com quadras, e no térreo existe uma piscina. O quadrilátero de menor seção, é composto por vestiários, salas de exercício e escada de emergência distribuídos em seus onze andares. No cilindro, está localizada a caixa d'água do complexo, feita por uma forma em formato de tronco de cone, com o diâmetro menor voltado para cima, permitindo com que a forma se encaixasse no anel inferior já concretado. Ainda