Pomeranos
Nos anos 1800 a 1900, mais de 330 mil pomeranos migraram para os Estados Unidos, mas lá não se isolaram. Para o Brasil, vieram 30 mil, que se mantiveram em comunidades fechadas. O Brasil, e especificamente o Espírito Santo, guarda a maior comunidade de falantes pomeranos do mundo.
Aos pomeranos que vieram para o Brasil, o período entre guerras foi o pior. Em 1930, no governo Getúlio Vargas, foram proibidos de falar pomerano e eram caçados pelos camisas-verdes. As famílias, desesperadas, corriam para o mato. Pastores luteranos, que rezavam em alemão, foram obrigados a pregar só em português.
Diferentes dos alemães de Santa Catarina ou dos italianos da Serra Gaúcha, os pomeranos preferiram se isolar. Até a quarta geração de descendentes, pouco se integraram ao Brasil, preservando as tradições. Coisas simples, como as diversas superstições, o respeito aos mais velhos, a religiosidade luterana, o patriarcalismo e, sobretudo, a dedicação à terra. Mas a modernidade, simbolizada pela televisão e seus ensinamentos nada pomeranos, mudou esse universo.
Em 1856, a primeira leva de pomeranos chega ao Estado do Espírito Santo, fugidos da perseguição que sofriam do regime czarista. Embora já houvesse a presença de alemães no Estado, foi somente com a chegada destes novos imigrantes que a colonização alemã no Espírito Santo ganhou força. Atualmente, nesse Estado encontra-se a maior concentração de pomeranos no Brasil, superando, inclusive, o Rio Grande Sul, conhecido pela grande concentração de