Historia
A origem dos pomeranos é marcada pela busca de espaço para sobrevivência. Viviam em terras do sul do Mar Báltico, cobiçadas por alemães, poloneses, dinamarqueses e suecos. No século 12, enfrentaram mais de 20 guerras. De 1128 a 1400, viraram dependentes comercial e culturalmente dos alemães – fugindo dos temidos poloneses. Mais tarde, já no século 19, suas terras serviram de passagem para as tropas de Napoleão. No Congresso de Viena, surgia a Província Prussiana da Pomerânia.
Nos anos 1800 a 1900, mais de 330 mil pomeranos migraram para os Estados Unidos, mas lá não se isolaram. Para o Brasil, vieram 30 mil, que se mantiveram em comunidades fechadas. Fugiam de novas ameaças, como depois da 1.ª Guerra, quando os que ficaram permaneceram sob o domínio da Polônia, ou da 2.ª Guerra, quando foram expulsos de suas terras por soviéticos e poloneses. No final, 1,8 milhão de pomeranos orientais foram obrigados a refugiarem-se na parte ocidental. E esta acabou nas mãos da Alemanha comunista. A Pomerânia desaparecia do mapa.
O Brasil, e especificamente o Espírito Santo, guarda a maior comunidade de falantes pomeranos do mundo. Começaram a chegar por volta de 1870, quando Thereza Christina Maria, mulher de d. Pedro II, promoveu a vinda dos primeiros para o País. Vinham com a promessa de viverem em produtivas e estruturadas colônias para imigrantes europeus. Para cada colono, 25 a 30 hectares. Foram enganados. As propriedades eram poucas e pequenas, o que logo fez muitos migrarem para outras regiões. Restaram-lhe terras nos pés das montanhas capixabas.
Aos pomeranos que vieram para o Brasil, o período entre guerras foi o pior. Em 1930, no governo Getúlio Vargas, foram proibidos de falar pomerano e eram caçados pelos camisas-verdes. As famílias, desesperadas, corriam para o mato. Pastores luteranos, que rezavam em alemão, foram obrigados a pregar só em português.
Diferentes dos alemães de Santa Catarina ou dos italianos da Serra Gaúcha, os pomeranos preferiram se