Políticas demográficas comparaçao entre Campinas e Paulinia
Paulínia não se constituiu como uma cidade industrial de forma gradativa, mas recebeu num curto espaço de tempo o suporte físico necessário para a alocação de indústrias de grande porte, o que acabou por gerar problemas no que se refere à qualidade socioambiental (BARBOSA, 1994).
O município de Paulínia (Figura 1) localizado a noroeste da cidade de Campinas abrange uma extensão territorial de 138,95 km², uma população estimada de 95.221 habitantes, taxa de urbanização de 98,9% e densidade demográfica de 624,70 hab./km² (IBGE, 2012). Sua relevância no contexto regional e também nacional se deve a uma economia pujante que confere ao município significativa arrecadação de capital, explicada pela presença de um polo petroquímico (Replan - Petrobras) que contribui expressivamente para a conformação de uma PIB per capita que atingiu valor de R$ 98.780,12 em 2010, garantindo a 23ª posição entre os municípios da federação com maior PIB per capita. Além disso, Paulínia se classifica na 67ª colocação entre os municípios brasileiros de maior valor adicionado bruto da indústria (IBGE, 2012).
População do município passou de 58 mil habitantes para 95 mil em dez anos, num aumento de 62%.No total, os 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas somam juntos 3.055.996 de habitantes. Paulínia foi a cidade que teve o maior crescimento de habitantes, tanto na comparação de 2000 com 2014 quanto de 2013 com este ano. Na sequência vêm as cidades de Engenheiro Coelho.
Realocação interna
De acordo com a professora do Núcleo de Estudos de População da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Rosana Baeninger, "o que ocorre é uma realocação interna. Campinas cresce menos porque cidades mais acessíveis para morar agora, pelo custo de vida, segurança etc, estão no entorno. E também existe mais espaço fora do núcleo", disse ela. Além disso, há a formação de subcentros regionais, como Paulínia, Valinhos, Americana,