Política e gestão
Diogo Ribeiro Soraggi
Polo Araxá
O ensino está longe de superar a contradição de escola para rico e escola para pobre. Apesar do governo sempre manter o discurso de que o desenvolvimento do ensino nas escolas municipais deve ser autônomo e mostrar dados que o ensino fundamental cresceu 42 % nos anos 1990, a qualidade continua bastante questionável. Este é o problema que a educação enfrenta. Qualidade x quantidade.
Mesmo nas áreas que houve investimento, como fortalecimento da direção da escola, com aplicação de processo seletivo para escolha de diretores , treinamentos para professores, um problema que o estado enfrenta com professores sem titulação e treinamentos inexistentes.
Sou professor designado no estado, vejo supervisão pedagógica distante dos professores, mais preocupados em processos e burocracia do que ajudar os professores e alunos. Falta supervisores "psicólogos", o que sempre disse Michael Focault.
Mesmo com a ajuda de orgãos como FMI aos países latino americanos, a educação (ensino) pública fundamental e médio são controlados por estados e municípios. O estado, nos tempos de hoje, praticamente aboliu a reprovação, com recuperações bimestrais, o que desmotiva o aluno a sacrificar e esforçar para conseguir ter disciplina e atingir o objetivo do aprendizado. Era a forma de tentar fazer com que o aluno assumisse responsabilidade. As escolas estaduais eram muito boas até no início do ano 2000, quando o governo estadual praticamente levou o ensino estadual à bancarrota.
Vejo urgência em uma reforma educacional, pois como está, principalmente no estado, estamos indo direto para o fundo do poço;
Os pobres continuam nas escolas públicas, e são mal formados. Nas escolas particulares também existem pessoas pobres, mas que são exigidas a estudarem e a ter disciplina.
A responsabilidade da situação em que encontramos é do estado.
No município, não encontramos uma situação muito diferente.