Visão geral da obra de José de Alencar, “O guarani”

Visão geral da obra de José de Alencar, “O guarani"

Teresina, 07/11/2013

O indianismo é o medievalismo “adaptado” do Brasil. Como os brasileiros não tinham um cavaleiro para idealizar, exaltavam os índios como ícones para a origem nacional e o colocavam como heróis. O indianismo resgata o ideal do “bom selvagem”, o homem perfeito e estritamente brasileiro, que seria o índio, e que não tinha nenhum contato com a sociedade européia. Então enquanto o branco era identificado como colonizador europeu, e o negro como escravo africano, o índio era considerado o único e legitimo da América e assim era encontrado nele uma autentica expressão de nacionalidade
O livro “O guarani” de José de Alencar é um romance histórico-indianista que trás isso. Ele ocorre no ano de 1604, onde a criação da cidade do Rio de Janeiro ainda estava recente e a busca por pedras preciosas era o destaque. O romance foi publicado depois da Independência do Brasil e nessa época os brasileiros estavam buscando uma afirmação do nacionalismo com um herói brasileiro.
Ele conta a história de um herói estritamente brasileiro que vivia com a família de D. Antonio de Mariz, um fidalgo português que tinha sido, também, um dos fundadores da cidade do Rio de Janeiro. Ele tinha uma esposa chamada Lauriana, a qual era muito religiosa, outra característica do romantismo da época, tinha um filho chamado Diogo, uma “sobrinha” chamada Isabel, que na verdade era filha bastarda de D. Antonio com uma índia, e uma filha chamada Cecília, que era “a deusa daquele pequeno mundo”, uma moça linda, loira, de olhos azuis e que era desejada por todos os homens, é a perfeita heroína do romantismo.
D. Antonio vivia em uma casa larga e espaçosa com sua família, criados e outros companheiros. Um deles era Álvaro, que era apaixonado por Cecília, mas acaba se envolvendo com Isabel, morrendo com ela depois do conflito com a tribo dos Aimorés.
Durante