gestao em politicas
INTOLERÂNCIA À CONSTRUÇÃO DO ATO VIOLENTO
Márcia Mathias de Miranda i
RESUMO
Este artigo polariza o saber científico sobre a questão da violência e da criminalidade com o saber do senso comum, trazendo uma compreensão da violência e da segurança pública a partir do quadro social atualmente existente. A violência é entendida como diretamente ligada ao contexto social do qual ela faz parte – é ele quem não só a reproduz mas, principalmente, é ele quem a define.
A violência é tomada como um conceito em constante mudança e como parte intrínseca das relações sociais demandando, portanto, estratégias efetivas de gerenciamento, mas não ações de aniquilamento deste fenômeno da vida social. As tecnologias usadas para a vigilância e, consequentemente, para o controle do crime e da violência, bem como as estratégias repressivas que se propõem, na retórica, a incidir efetivamente sobre tais ações indesejáveis transformam, custosamente, a qualidade de vida dos indivíduos. E, no entanto, a inovação tecnológica não será adequadamente destinada à segurança pública, a menos que seja acompanhada de mudanças culturais e sociais.
Palavras-chave: Violência; Segurança Pública; Medo; Criminalidade
ABSTRACT
This article polarizes the scientific knowledge on the violence and crime issue with common sense knowledge, bringing an understanding of violence and public safety from the currently existing social structure. The violence is seen as directly linked to the social context from which it is part - is it which not only reproduces but mainly it is which defines it.
The violence is taken as a concept in constant change and as an intrinsic part of social relations demanding, therefore, effective management strategies, but not annihilation actions of this social life phenomenon. The technologies used for surveillance and, consequently, to control crime and violence, as well as repressive strategies they