Gestão e política

PARO, Vitor Henrique. Gestão da escola pública: alguns fundamentos e uma proposta. In: Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 2002.

Em primeiro momento, Paro trabalha a liberdade do homem, que se constrói através da relação com seus semelhantes, com colaboração e reconhecimento de todos entre eles. Dessa forma, em uma relação horizontal com o outro, o homem não poderia manter qualquer tipo de relação de dominação, afinal “toda vez que renuncio a uma relação de horizontalidade com meu semelhante, dominando-o, nego nele a condição de homem, reduzindo-o a mera natureza” (PARO, 2002: 107).

O homem como “ser-com”, se compõe dentro do campo social no tempo. Ele recebe influencias, seus pensamentos são continuidades de outras mentalidades e “produz conhecimentos”. Esses conhecimentos são mediados através da educação “entendida como apropriação do saber historicamente produzido”. A partir disso, Paro afirma que o processo educacional se dá através do diálogo e do reconhecimento do outro, não podendo ser assim um processo dominador. Assim, é citada a escola pública como local de “universalização do saber”, para que a educação seja alcançada por todos, servindo de instrumento de liberdade. (PARO, 2002: 108)

Paro então entra em sua problematização: As escolas públicas não podem atender ao interesse de instituições privadas e preparar só para o trabalho. Então, as escolas estão realmente sendo preparadas e recebendo recursos para realizar uma educação de qualidade? Assim seu objetivo se faz em analisar a administração das escolas e propor algumas resoluções, trabalhando um contexto econômico e político, que é o neoliberalismo e suas relações com as dificuldades em se educar com coerência e seus prejuízos pedagógicos.

Assim, o autor discute o seu objeto que é problema da administração e da qualidade das escolas públicas. “Como se pode dizer que há escolas para todos se as que existem têm de ‘funcionar’ em vários turnos diários para acolher os