Política monetária
Introdução
Este artigo tem como objetivo estimular a discussão sobre a política monetária e seus principais instrumentos, de modo a produzir subsídios que auxiliarão na interpretação das interações entre o sistema bancário, a orientação da política monetária e a economia brasileira.
Discutiremos aqui o conceito e as funções da moeda; a teoria quantitativa da moeda como uma teoria explicativa tanto do nível geral de preços quanto do encaixe monetário; as razões que levam os agentes econômicos a demandarem moeda; a oferta de moeda, tendo em conta o seu conceito e medição, a forma pela qual é criada pelos bancos comerciais, a base monetária e o multiplicador da base monetária; e a política monetária, focalizando seus objetivos, instrumentos e a determinação da taxa de juro.
Conceito de moeda
Não existe uma definição precisa de moeda. Geralmente, este termo é usado para representar algo aceito em troca de bens e serviços. Daí pode-se dizer que serve para permitir aos agentes econômicos – famílias, empresas e governo – satisfazerem suas necessidades, por meio do mercado, quando adquirem bens e serviços.
Funções da Moeda
O que distingue a moeda dos demais ativos possuídos pelos agentes econômicos – títulos e bens físicos – é a sua liquidez, isto é, a capacidade que possui de ser prontamente disponível e aceita quando da realização das mais diversas transações mercantis. Isso significa que o detentor da moeda não precisa convertê-la em outra forma de ativo quando da realização de liquidação de débitos ou aquisição de bens e serviços.
Para cumprir com eficiência seu papel dentro do sistema econômico, a moeda deve preencher algumas funções essenciais, dentre as quais destacam:
Intermediária de trocas ou meio de circulação – a moeda, necessariamente, tem de ser um objeto de aceitação geral por todos os agentes econômicos envolvidos nas operações de compra e venda, a fim de dar eficiência ao processo