Política externa brasileira
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO – PROGRAD
COORDENAÇÃO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
MARCELO GOMES
NOVEMBRO - 2012
A política externa brasileira é marcada por seu caráter não-conflituoso e sua busca por poder e influência no cenário mundial, através das Organizações Internacionais Governamentais (ONU, OMC) e em blocos econômicos como o BRICS e o MERCOSUL.
A política externa brasileira (PEB) sofreu diversas mudanças de foco durante sua história, alterando suas prioridades e seus principais parceiros. Durante o período colonial, o foco era a relação bilateral exclusiva entre colônia e metrópole e a manutenção dos limites territoriais do tesouro ultramarino português. Após a independência, as prioridades continuam envolvendo soberania e delimitação territorial e a política econômica continua sendo bilateral, no entanto Portugal cede espaço à Inglaterra, que se manteve como principal parceiro comercial brasileiro até a proclamação da república, quando os Estados Unidos assumem a hegemonia mundial, até então inglesa. A partir de 1960, com o presidente João Goulart, as prioridades da política externa se desvinculam de seu passado histórico e focam na autonomia e na transição das relações comerciais bilaterais para multilaterais. Essa mudança ampliou o número de parceiros comerciais, o que diminuiu a dependência brasileira perante seus parceiros, fato importante, pois já passamos por grandes dificuldades nesse aspecto durante a Crise Mundial de 1929, quando o Brasil que exportava seu principal produto - café - ao seu principal parceiro - Estados Unidos - que, durante a crise, cessou as compras, o que fez com que o presidente Getúlio Vargas comprasse o excedente da produção cafeeira e queimasse, a fim de evitar a falência dos produtores.
Desde então, a política externa