Política Externa Brasileira
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O governo presidencial de dois mandatos, 1º mandato (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002), de Fernando Henrique Cardoso foi marcado pela efetiva implantação da política Neoliberal no Brasil. Foi o primeiro presidente da República a governar por dois mandatos consecutivos. FHC, como é conhecido, foi um dos fundadores do Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB). No primeiro ano do mandato do presidente Itamar Franco, Fernando Henrique assumiu o Ministério das Relações Exteriores, em 1992, e no ano seguinte foi atribuída a ele a função de Ministro da Fazenda. Como Ministro da Fazenda no Governo de Itamar Franco, ele reuniu um grupo de economistas que elaborou um plano capaz de estabilizar a economia, que vinha sofrendo altas taxas de inflação, o chamado Plano Real. Um ano depois, FHC era eleito Presidente da República já no primeiro turno. Derrotou seu principal adversário, Luís Inácio Lula da Silva, com mais de 54% dos votos válidos. Em seu governo ocorreram as privatizações da telefonia, da companhia Vale do Rio Doce, Banespa, entre outras. Avanços significativos foram alcançados na área da saúde, com a distribuição gratuita de medicamentos contra a AIDS e a criação dos remédios genéricos, vendidos a preços baixíssimos. Se por um lado, FHC com o plano real, conseguiu estabilizar a economia nacional e atrair capital estrangeiro, por outro o Brasil aprofundou as desigualdades sociais. Houve o aumento do número de desempregados, concentração de renda e inúmeros protestos no meio urbano e rural, como a atuação forte do MST na luta pela reforma agrária. Nos momentos em que o real enfrentou crises, o governo recorreu aos empréstimos bilionários com o FMI e o Banco Mundial, como na crise russa de 1998 e na crise da Argentina de 2000. Durante seu mandato o Brasil também procurou fortalecer-se no mundo globalizado, por exemplo, com prosseguimento do processo de integração econômica com países do Mercosul, que surgiu oficialmente em 1991 com a assinatura do Tratado de