POLÍTICA , EDUCAÇÃO E CIDADANIA
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Na história do Brasil republicano, a ditadura do Estado Novo e a ditadura militar, mantiveram o povo brasileiro afastado do processo político nacional. O Estado autoritário colocou-se como o único responsável pela nação, ficando para os cidadãos o dever de obedecer. No período ditatorial, a educação foi marcada pela repressão, pelo tecnicismo pedagógico, pela privatização do ensino, nesse momento a cidadania foi pouco exercida. Essa experiência de autoritarismo fez com que muitas gerações se formassem sem ter desenvolvido uma consciência de cidadania e participação nas questões políticas e sociais. Segundo Freire (2001), “o conceito de cidadania vem casado com o conceito de participação, de ingerência nos destinos históricos e sociais do contexto onde a gente está”. A proposta de uma educação para a cidadania pretende contribuir para fazer de cada indivíduo um agente de transformação do seu mundo. A partir da reflexão sobre a realidade que o circula, o indivíduo deve identificar os mecanismos sócio-econômicos responsáveis pela miséria e pela marginalização. A escola tem a missão de formar cidadãos ativos, capazes de uma democracia livre de situações de opressão. Vale ressaltar a posição de Pedro Demo (2002): Para que a população compreenda, finalmente, que a exclusão política e econômica das maiorias é injusta, historicamente produzida e mantida, necessitamos de uma escola pública que lhe mostre isto criticamente e o oriente adequadamente para a luta histórica. Para (ARROYO, 1996), Seguramente “reduzir a questão da cidadania dos trabalhadores a uma questão educativa é uma forma de ocultar a questão de base”. É o que se tenta fazer quando se põe a educação como precondição para a cidadania. Educação significa educar para a sociedade, conforme nos ensina a professora Cecília Peruzzo (1998). É a socialização do patrimônio de conhecimento acumulado, o saber sobre os meios de obter o conhecimento e as