Política Nacional de Educação Ambiental e construção da cidadania
Aloísio KiiscluMiisky
coLs.
passem a realizar a coleta seletiva de lixo e que as pessoas devam fazer a separação domiciliar do l i x o , centralizando o trabalho de educação ambiental na conscientização da população sobre a importância da coleta seletiva. Nesse caso, ao relacionarmos o lixo urbano, os lixões e a coleta seletiva de lixo, devemos necessariamente explicitar o fato de que o serviço de coleta d o m i c i liar de lixo é desigual dentro do espaço urbano (a chamada regionalização de carências, segundo Jacobi, em 1989, reafirmada por Saito, em 1996, como expressão da sohrediscriminação social intra-urbana) e que existe u m a desigualdade social que leva a sociedade a criar o segmento de catadores de lixo
(Santiago e Saito, 1995).
Podemos e devemos, inclusive, utilizar recursos de cartografia para construir coletivamente u m mapa do trajeto da coleta d o m i c i l i a r de lixo e identificar a regionalização de carências. O manuseio e a confecção de mapas são, por sinal, atividades curriculares nas áreas de estudos sociais e geografia, que podem ser trabalhadas de forma interdisciplinar nas atividades de e d u c a ç ã o ambiental formal ou naqueles que articulem a educação ambiental formal e não-formal. A incorporação de conceitos de geoprocessamento na e d u c a ç ã o ambiental pode ainda levar-nos a sobrepor outros mapas temáticos ao mapa de regionalização de carências em termos de coleta d o m i c i l i a r de lixo para caracterização da sohrediscriminação intra-urbana e problemadzá-la para transformar a realidade social (Saito, 1997b).
A l é m desse aspecto, ao tratarmos da temática de lixo urbano é preciso buscar, com a educação ambiental, o estabelecimento de Laços de solidariedade que r o m p a m as barreiras geográfica e cultural entre a sociedade, de modo geral, e os catadores de lixo (Rosa e Saito, 1997).
Tomemos como outro exemplo a temática energética.
De Bastos e Saito ( 2 0 0 0 ) , ao investigarem na concretude