Poluição radioativa
A poluição radioativa é considerada a forma mais perigosa de poluição, mas para entendermos o que esse tipo de poluição pode nos causar, veremos primeiramente o que são radiações.
Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que contêm energia variável e que se propagam a uma determinada velocidade. As radiações podem ser geradas por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem.
Em nosso organismo, a radiação provoca a formação de grande quantidade de radicais livres, moléculas instáveis que podem se combinar com outras partes da célula causando o rompimento da célula, quebra dos cromossomos ou alteração do material químico que formam os genes, desencadeando mutações.
Todos esses problemas dependem unicamente da dose de radiação recebida pelo indivíduo. Quantidades muito grandes de radiação provocam lesões no sistema nervoso e em outros órgãos, levando a pessoa a óbito em poucos dias. Doses intermediárias de radiação prejudicam a renovação das células que se dividem constantemente, como as do tubo digestório, do sangue, da pele, entre outras, provocando sintomas como leucemia, tumores, quedas de cabelo, lesões em órgãos, hemorragias, diarreias, vômitos, infecções, entre outros. A exposição a doses menores de radiação pode levar a uma diminuição no número de leucócitos.
Alguns átomos radioativos têm duração extremamente longa, sendo que seus efeitos persistem até que eles se desintegrem totalmente. Para se ter uma ideia, o plutônio que é um subproduto do urânio, que é obtido em usinas nucleares, tem meia-vida de 24 300 anos (lembrando que chamamos de meia-vida o tempo que o elemento químico radioativo leva para ter sua atividade reduzida pela metade). O estrôncio 90, que é liberado na atmosfera através de testes nucleares ou no vazamento de usinas, tem meia-vida de 29 anos. Tempo suficiente para penetrar nas cadeias alimentares e se acumular nos seres vivos. Uma das