Poluição por derramamento de oleo no mar
Habitualmente o tráfego marinho origina poluição, na maior parte dos casos com hidrocarbonetos, provocada tanto pelas descargas voluntárias de limpeza dos tanques dos navios, como pelos acidentes.
De acordo com Arroio (2003, p. 1):
“Poluição marinha, conforme definida em convenções internacionais, é a introdução no meio marinho, pelo homem, de substâncias ou de energia, em qualidade e quantidade tais que tragam potencial de deteriorização dos recursos biológicos, da qualidade da água, das atividades marinhas (pesca, transporte, turismo e lagos) e da saúde humana.”
As principais fontes de lançamento de hidrocarbonetos no ambiente marinho são:
- Limpeza dos tanques dos navios;
- Exploração de poços de petróleo no mar;
- Acidentes com petroleiros;
- Refinarias e instalações petroquímicas;
- Arrastamento por águas das chuvas em áreas urbanas;
- Barcos recreativos e/ou de pesca.
5. COMPORTAMENTO DO ÓLEO NO MAR
O intemperismo do óleo, que consiste na combinação de processos físicos, químicos e biológicos, inicia-se imediatamente após o derrame e processa-se a taxas variáveis. Sua eficiência depende das condições da água do mar, como pH, temperatura, correntes e salinidade, do clima, tais como umidade e incidência de radiação solar, da presença de bactérias e materiais particulados suspensos na água, além das propriedades físico-químicas do óleo derramado, tais como composição química, estado físico, densidade, viscosidade, solubilidade, temperatura, teor de oxigênio. A taxa do processo não é constante, sendo mais efetiva nos primeiros períodos do derrame (CETESB, 2004).
As transformações sofridas pelo petróleo e seus refinados no ambiente afetam primeiramente as características físicas do produto (densidade, viscosidade, ponto de escoamento, solubilidade) sem alterações na natureza química dos componentes. Ocorrem, principalmente, os processos de espalhamento do produto derramado e evaporação dos componentes leves,