poluição do ar
Há dois fatores que determinam o impacto que um gás do efeito estufa específico poderá causar no clima do planeta. O primeiro é seu fator de aquecimento global (Global Warming Factor, GWF), ou seja, sua habilidade de absorver e depois liberar calor. O GWF é arbitrariamente definido como 1 para dióxido de carbono. Os valores para os outros gases indicam sua potência em relação ao CO2. O segundo fator é quantidade do gás presente na atmosfera.
A tabela seguinte mostra os dois fatores para alguns gases de efeito estufa. Embora o CO2 seja um gás de efeito estufa mais fraco que os outros, há muito mais dele na atmosfera e, portanto, ele tem o maior impacto.
O gás carbônico contribui com cerca de 60 % do total dos gases estufa, sendo que outros gases produzidos pelas atividades humanas também contribuem para o efeito estufa: metano (15%); CFCs (12%), óxido nitroso (5%), e Ozônio (8%). Além de estar em maior porcentagem, a concentração do gás carbônico vem aumentando rapidamente nas últimas décadas.
Da energia solar capturada pelas plantas no processo de fotossíntese, apenas uma fração muito pequena termina enterrada na forma de combustível fóssil – carvão, petróleo, gás natural – a maior parte é reciclada na atmosfera através do ciclo do carbono. O combustível fóssil armazena não só energia, mas também carbono. Foram necessários dezenas de milhões de anos para acumular as reservas atuais de combustíveis fósseis.
As atividades humanas queimam esses combustíveis fósseis numa taxa muitas vezes maior do que eles estão sendo produzidos, assim desequilibrando o ciclo do carbono e aumentando muito o percentual de gás carbônico na atmosfera.
Dados climáticos de centenas de anos passados mostram claramente uma correspondência estreita entre os níveis de CO2 atmosférico e a temperatura global média.
O gráfico seguinte mostra que o nível de concentração de CO2 manteve-se próximo de 280 partes por