Poluição das águas por poluentes emergentes
Antes de ser distribuída para a população, a água passa por um longo processo dividido em etapas como, separação, filtração, desinfecção e floculação, que tem como objetivo tornar a água usada em processos industriais, na limpeza de nossas casas, nos sistemas de esgoto (entre outros usos) tão potável quanto for possível.
Além de separada e filtrada a água é também clorada. Esse processo faz com que pequenas moléculas se associem aos átomos de coloro, tornando-as mais densas que a água e sendo assim possível serem captadas. Entretanto todo esse processo não garante que a água chegue totalmente limpa em nossas residências, inúmeras partículas sintéticas passam imunes a todos esses cuidados e acabam sendo consumidas por toda a população. Essas partículas sintéticas são chamadas de Poluentes Emergentes. São conhecidos mais de 3 milhões de compostos orgânicos sintéticos, número que aumenta numa taxa de aproximadamente 5-10% ao ano. Estima se que destes, pelo menos 100 mil são produzidos regularmente, um equivalente de 200 milhões de toneladas por ano dos quais 20-30% poderiam chegar aos ambientes aquáticos.Dentre os compostos emergentes podemos destacar: retardantes de fogo (bifenilas polibromadas PBBs), difenil éter polibromados (PBDEs), compostos perfluorados, parafinas, pirenos e naftalenos policlorados, ftalatos, dioxinas bromadas (PBDD/DF s), dioxinas fluoradas (PFDD/DF s).
As ações de alguns destes compostos sobre a biota acarretam disfunções reprodutivas e estudos apontam que também podem ser indutores de cânceres.Em relação aos seres humanos, embora ainda não tenham sido estabelecidas relações de causa e efeito conclusivas, várias pesquisas indicam a possibilidade de que a maior incidência de distúrbios como defeitos de nascimento, alterações comportamentais e neurológicas, deficiência imunológica, puberdade acelerada, qualidade do sêmen e cânceres tenham relação com poluentes emergentes com ação