Polpa Dentaria
ENDODONTICS - ENDODONCIA
Prof. Dr. Jesus Djalma Pécora
Titular de Endodontia da FORP-USP
•INTRODUÇÃO
•PERMEABILIDADE DENTINÁRIA
•REAÇÃO PULPAR
•SENSIBILIDADE DENTINÁRIA
•MECANISMOS DA DENTINA
Introdução
Antes de falarmos sobre as doenças da polpa, devemos fazer uma breve recapitulação sobre a dentina, com o objetivo de facilitar a compreensão.
Como sabemos, a dentina é um tecido conjuntivo diferenciado, secretado pela polpa (tecido conjuntivo indiferenciado). Embora a maior parte dessa secreção ocorra durante a fase de desenvolvimento do dente, os odontoblastos continuam a modificar a dentina com o decorrer da vida.
A dentina é recoberta pelo esmalte na superfície coronária e pelo cemento na superfície radicular. A polpa dental é constituida por tecido conjuntivo frouxo que ocupa a cavidade interna do dente e é composta por células, vasos, nervos, fibras e substâncias intercelular. Anatomicamente a polpa está dividida em polpa coronária e polpa radicular, correspondendo à coroa e à raiz anatômicas. A polpa dental, geralmente permanece sã durante a vida, a menos que o suprimento sangüíneo apical seja interrompido por excessiva força ortodôntica ou trauma agudo.
A maioria das condições patológicas pulpares inicia-se com a remoção de uma ou de ambas as barreiras de proteção, quer por cárie dental, fraturas, erosão e abrasão.
A perda de uma dessas barreiras resulta na comunicação do tecido pulpar com a cavidade bucal através dos canalículos dentinários. Sob essas condições, insultos térmicos, osmóticos, hidrostáticos e químicos podem atuar sobre uma grande variedade de células pulpares tais como odontoblastos, células endoteliais, nervosas e da musculatura lisa vascular.
Para entender como essas condições podem conduzir danos à polpa é importante compreender o COMPLEXO DENTINA-POLPA:
Estrutura dentinária:
A dentina é um tecido conjuntivo calcificado que possui milhares de canalículos por