Artigo diagnostico
ORIGINAL | ORIGINAL
Endodontic diagnosis: evaluation between clinical and histological findings
Lílian Dantas de Góes SILVA1
Sílvio ALBERGARIA1
Paloma Souza GONÇALVES1
Jean Nunes dos SANTOS2
1 Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Odontologia. Salvador, BA, Brasil.
2 Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Odontologia. Av. Araujo Pinho, 62, Canela, 40110-150, Salvador, BA, Brasil. Correspondência para /
Correspondence to: JN SANTOS (jeanunes@ufba.br).
INTRODUÇÃO
Um plano de tratamento endodôntico bem sucedido depende de um diagnóstico correto. Nas alterações da polpa dentária humana, os informes necessários para o estabelecimento das suas condições patológicas ficam restritos à anamnese, exame clínico, testes de sensibilidade pulpar e avaliação radiográfica. Isto ocorre pelo fato da polpa se encontrar envolvida por paredes de dentina, fato que impede sua visualização direta pelo profissional durante o atendimento clínico. Seltzer et al.1 propuseram uma classificação clínica para as alterações pulpares baseada na aquisição de sintomas subjetivos e objetivos, obtidos através da anamnese. Tal classificação deveria habilitar o clínico a considerar os estados patológicos pulpares em: tratáveis e não-tratáveis, referindo-se a escolha de tratamento conservador da polpa ou sua extirpação. Contudo, é notório que o real estado inflamatório da polpa dentária apenas pode ser determinado através da coleta de material ou biópsia e a avaliação histológica da mesma, o que impossibilitaria um tratamento pulpar conservador.
Rotineiramente, procedimentos radicais de tratamento endodôntico são realizados como forma de solucionar as odontalgias relacionadas à polpa, quando suas características clínicas levam a dúvidas quanto à reversibilidade da lesão. Entretanto, é visto na literatura que muitos sinais e sintomas tradicionalmente associados com a evolução das doenças pulpares