Polo em Saúde
Arranjo Produtivo Local promete alavancar crescimento da indústria na região e revelar as potencialidades pelotenses
Daiane Santos
Pelotas. Outro lado da saúde brasileira tem colocado o Brasil em destaque mundial ao impactar positivamente no atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a rede privada. A produção de equipamentos médico-hospitalares é hoje uma indústria em franca expansão, cujo crescimento gira em torno dos 13% ao ano, mais de quatros vezes a previsão de desenvolvimento do país para 2014, de 3%. Os dados são da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e mostram ainda que somente no Rio Grande do Sul existem 18 empresas direcionadas a esse tipo de produção, o que representa 3,7% das fábricas instaladas em todo o Brasil e 12,5% na Região Sul.
Em Pelotas, o segmento vem se fortalecendo com a criação de conglomerados voltados à área, os chamados clusters. O processo tornou o movimento de reindustrialização da região mais dinâmico, principalmente após a criação do Arranjo Produtivo Local (APL) do Complexo Industrial da Saúde (CIS), envolvendo indústrias dos municípios de Pelotas e Rio Grande. Só em 2013 - ano em que o arranjo passou a atuar - mais de U$ 300 milhões em renda bruta foram movimentados pelas empresas integrantes do APL.
As quatro principais empresas integrantes da CIS - Amplivox, Contronic, Lifemed e Freedom -, todas de Pelotas, empregam 752 pessoas, o que representa 70% das vagas geradas pela indústria de artigos e equipamentos médicos do Rio Grande do Sul. A maior delas é a Lifemed responsável por empregar aproximadamente 560 trabalhadores. Considerada de porte médio, o complexo industrial da fábrica possui 18 mil metros quadrados de área construída, instalados no parque industrial.
O grupo possui três centros de pesquisa, seis unidades de negócios e 35 assistências técnicas espalhadas pelo país. Reconhecidos em todo o Brasil, os produtos Lifemed estão