Politicas Sociais

Resenha

Politicas Sociais e Produção Capitalista

Os mecanismos políticos de prestação de benefícios, de acesso aos serviços estatais, de estabelecimento de direitos ou mesmo de concessão arbitrária de assistência não constituem atos isolados do Estado ou iniciativas individuais de deputados, senadores e ministros. Um deputado ou um ministro, para ver seu projeto aceito e implantado, deve levar em conta não só as forças existentes no poder Legislativo, mas as condições econômicas do país. As leis sociais mexem, portanto, com os custos dos produtos consumidos, com os salários, com as relações de produção.
A previdência social, por exemplo, exige contribuições dos assalariados, pois as empresas transferem seus encargos para os produtos, envolvendo toda a economia do país.
Os processos políticos de obtenção do consentimento do povo, da aceitação de grupos e classes e de manutenção da ordem social estão vinculados nos processos econômicos de manutenção do trabalhador e das relações de produção das riquezas.
O trabalhador e sua família precisam alimentar-se, vestir-se, morar, estudar, cuidar da saúde para colocar-se em condições de trabalhar e produzir riquezas. As condições sociais da sobrevivência vão além dos limites da empresa e dos interesses capitalistas particulares e passam a relacionar-se com o próprio processo de sustentação do capital.
Os trabalhadores, por sua vez tem interesse valorizar ao máximo sua força de trabalho, desenvolvendo litas e greves para aumento de salários e benefícios e melhoria de seus meios de vida. Aos capitalistas não interessa a permanência do conflito aberto que perturbe a produção e possa levar ao questionamento da própria “ordem social”, ou seja, das relações de exploração. Nesse confronto é que os trabalhadores e seus aliados conseguem melhorar as condições de vida e de trabalho. Às lutas por salario somam-se aquelas pela moradia, pela saúde, pela educação e pela aposentadoria.
As politicas