Politicas publicas e gestão do patrimonio histórico
Na construção de conceitos de historia e patrimônio existem momentos comuns. Em ambos os casos é preciso ter noções de alteridade e cronologia. Momentos cruciais dessa construção de afirmação foram Renascimento, Revolução Industrial, e outros. A historia e o patrimônio se relacionam com a Antiguidade Classica através de remanescentes da Grecia antiga.
Ao renascimento coube designar ao termo “antiguidades” os temas históricos que não tinham relação com a concepção de historia baseada nos temas de politica e guerra. E também os remanescentes matérias da civilização romana.
Em Roma, os humanistas clamavam pela conservação das antiguidades romanas, e os papas ao mesmo tempo que proibiam as demolições transformavam estatuas, mármores, em material de construção e decoração para as igrejas.
Foi a partir da Revolução Francesa que a preservação do patrimônio deixa de ser uma preocupação erudita ou católica e passa a ser preocupação governamental. O governo, também contraditório, procuravam preservar mas ao mesmo tempo autorizava demolições iconoclastas. Nesse mesmo momento a percepção do passado como herança coletiva começou a dar validade ao presente e exalta-lo. As antiguidades, pela primeira vez, foram consideradas um bem coletivo de interesse da nação, assim, tornando-se objeto das politicas publicas, que contrapõe-se a participação dos cidadãos.
No auge da era industrial, no Brasil, o modelo francês na preservação do patrimônio cultural foi implantado através do SPHAN, e ficou conhecido o fato do Brasil ser o único pais onde os profissionais que construíam a ideia da preservação do passado eram os mesmos que projetavam o pais do futuro.
Antes do SPHAN, havia o Museu Historico Nacional, que se ocupava da fiscalização dos monumentos e objetos históricos. Destinava-se também a “guardar e expor as relíquias do passado, cultuando a lembrança de nossos grandes feitos e nossos grandes homens”.