Politicagem demais!
Mas a maior preocupação do país, além de receber com competência os eventos, deve ser também com o legado. A afirmação é do professor Holger Preuss, da Universidade de Mainz, na Alemanha, uma das maiores autoridades do assunto no mundo.
Preuss esteve em Belo Horizonte para participar, na Fundação João Pinheiro, do Encontro Regional Preparatório da V Mineps (Conferência Internacional de Ministros e Oficiais de Esportes), que será realizada em Berlim, em maio. Os temas da Mineps, organizada pela Unesco e o Ministério do Interior da Alemanha, são acesso aos esportes como direito fundamental, promoção e investimento em programas esportivos e de educação física, e preservação da integridade dos esportes.
Neste último tópico, serão discutidos meios de combate à corrupção nos esportes, principalmente o match fixing, compra de resultados nos esportes, favorecendo um pequeno grupo.
Entre uma palestra e outra, na última terça-feira, o professor concedeu entrevista exclusiva ao Hoje em Dia.
Que tipo de legado teremos no Brasil por causa da Copa do Mundo e das Olimpíadas?
Certamente, há a infraestrutura esportiva nova, mais cedo. A reforma dos estádios, em si, não é um legado, mas, sim, a reforma antecipada. O Brasil é um país fascinado por futebol e, em algum momento, os estádios seriam reformados. Talvez haja um superdimensionamento, em Manaus, ou em algumas regiões em que não há necessidade de estádios tão grandes. Mas em muitos dos estádios, como em Belo Horizonte, não haverá problema. Em segundo lugar, em relação à infraestrutura, talvez haverá uma mudança relacionada a estradas, parques e melhorias em hotéis e assim por diante.
Aeroportos?
Sim,