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Se num outro momento essas características contariam a seu favor, soam agora meio irônicas porque coincidem justamente com uma fase tensa na campanha em que ela é criticada pela falta de diálogo dentro da própria legenda, conforme acusou o ex-coordenador de campanha de Eduardo Campos, Carlos Siqueira.
Ele rompeu com a ex-ministra em meio a uma crise interna para definir os novos comandos da campanha e acabou sendo substituído pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP).
E Siqueira não poupou na artilharia: "Ora, ela nomeou o presidente do comitê financeiro da campanha, cuja responsabilidade da prestação de contas é do partido. Ela não perguntou nada ao PSB, ao invés de discutir o assunto com o partido. (...) Esta forma dela de proceder não está de acordo com a forma de uma pessoa proceder com um partido que está oferecendo a ela as condições para ser candidata".
Marina foi abrigada pelo PSB em outubro do ano passado após o registro da Rede Sustentabilidade, partido que tenta fundar, ter sido negado pela Justiça eleitoral.
A lista no site da campanha de Marina enaltece ainda como vantagens ela ser mulher, não atacar adversários nem ter histórico de envolvimento em escândalos na política.
"Marina Silva está em sintonia com o século 21. Ela acolhe e estimula o diálogo. É um novo modelo de liderança, que integra razão e emoção. Será a primeira mulher a cuidar do Brasil", diz o texto.
A ex-ministra lança mão também de uma estratégia usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em suas campanhas: a de relembrar o seu passado pobre. "Como a maioria dos brasileiros, Marina Silva nasceu pobre, num