Apresentação 1
Trata-se de conflitos entre os colonos e a metrópole
INICÍO
Havia uma utilização de mão de obra indígena escrava, nos engenhos do Maranhão, apesar da oposição que a ela faziam os jesuítas. Um desses era o padre Jesuíta Antônio Vieira (1608-1697) que atendendo aos apelos dos jesuítas, em 1680 o príncipe reagente, dom Pedro determinou que os nativos escravizados fossem libertados e recebessem ainda um pedaço de terra para o cultivo, estabelecendo severas punições a quem descumprisse as ordens. A medida provocou revolta entre os donos do engenho maranhenses, e para resolver o problema, o governo português criou, em 1692, a Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, que cabia a ela abastecer a região todos os anos com quinhentos escravos vendidos a preço prefixados. E além disto, comercializar mercadorias vindas da Europa e comprar produtos locais a preços tabelados.
MOTIVOS
Entretanto havia uma grande insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais e população em geral, os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia, os proprietários rurais dos preços pelos quais a companhia pagava por seus produtos e grande parte da população com a baixa qualidade dos produtos fornecidos e os altos preços cobrados pelo mesmo. Exemplos disto: produtos como trigo, bacalhau e vinho chegavam à região em péssimas condições para o consumo e em quantidades insuficientes.
MEDIDAS ESTABELECIDAS
Assim em 24 de fevereiro de 1684 os irmãos Manuel e Tomas Beckman, dois proprietários rurais da região, se juntaram com o apoio de comerciantes invadiram e saquearam um deposito da Companhia de comercio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas e tiraram do poder o governador. Reagindo a Coroa Portuguesa enviou ao maranhão um novo governador para colocar ordem na região, os revoltosos foram presos e julgados, os irmãos Beckham foi capturado, enforcado e decapitado juntamente com Jorge Sampaio outro líder do movimento.