Politica
A aplicação dos símbolos e das cores ao campo publicitário é necessária para que se possa manejá-lo de acordo com a natureza da idéia e dos hábitos sociais que mobiliza. No campo psicológico, as cores adquirem um significado através do ambiente onde são utilizadas e da associação com os símbolos que formam os arquétipos coletivos. Nesse sentido, é necessário estudar cada cor em função do público a que se destina (Da Cor a Cor Inexistente, de Israel Pedrosa).
A interpretação das cores e da iluminação, assim como das formas, é antropológica. De fato, a cor e a iluminação têm um efeito psicofisiológico sobre o espectador, porque são percebidas opticamente e vividas psiquicamente, dando à percepção do espectador uma dimensão cultural. A vista humana tende a concentrar sua atenção na parte principal do design e a isolá-la do que está em volta. Assim, os olhos do consumidor selecionarão e fixarão imediatamente a parte principal de um símbolo.
A estratégia de campanha presidencial do PT em 2006 foi desassociar a imagem de Lula à do partido. Os 20 anos de cartazes, bandeiras e estrelas vermelhas ficaram no passado, a cor predominante passou a ser o azul, com algumas rajadas de amarelo. Criou-se uma confusão proposital entre as cores do PT e do PSDB. A "onda vermelha" de 2002 foi trocada drasticamente pelo "azul" de 2006. Da mesma forma o programa "Fome Zero", que se tornou um fracasso do governo Lula, foi relegado ao segundo plano na campanha "Bolsa-Família".
A Estrela do PT que tinha um impacto junto ao eleitorado comparável somente com o Tucano do PSDB, virou um pequeno símbolo que passou quase desapercebido do campo visual nos cartazes do Partido dos Trabalhadores. Para agradar seu eleitorado em potencial, Lula seguiu os indicativos de pesquisas eleitorais e a orientação dos assessores de marketing político , afastando-se de vez do PT, reforçando a tese de que nem teve responsabilidade pelos escândalos nem foi