politica
Para adotar o comunismo, a China precisou adaptar teorias à realidade de seu povo, criando um modelo próprio. A influência veio de Confúcio, que dizia ser preciso descobrir o novo por meio do antigo, e de outros pensadores chineses, como Mozi
É impossível compreender o pensamento chinês moderno sem buscar suas raízes no passado. Até mesmo o que podemos chamar de um "comunismo chinês" está carregado deste pensamento tradicional, antigo, por mais contemporâneo que pareça. Isso acontece em função da continuidade histórica da China, um fenômeno que a diferencia de quase todas as outras civilizações do mundo e é praticamente desconhecido no Ocidente. Para os chineses, citar filósofos como Confúcio para explicar o contexto atual é tão normal e verossímil quanto citar Marx - e apesar disso parecer contraditório, no plano das ideias desta civilização ambos dialogam de modo atemporal. Isso se dá em função da rica herança filosófica que constitui o alicerce do que é "o pensar chinês".
Ainda há certa curiosidade sobre o que é o comunismo chinês. Para alguns, é um sistema repressivo e arcaico, que faz execuções de prisioneiros e tem sérios problemas éticos em lidar com o nascente capitalismo e os princípios democráticos.
Para outros, é justamente um sistema firme, conservador, que pune devidamente os prisioneiros e que compete no mundo do capitalismo como se deve fazer. Mais do que isso, porém, o comunismo chinês é uma incógnita histórica e teórica. Suas inúmeras adaptações o fizeram ser entendido tanto como um pragmatismo necessário à cultura chinesa quanto um desvio ideológico preocupante.
Confúcio
(551 a.C. - 479 a.C.) foi o mais famoso filósofo e pensador político da China. Suas ideias influenciaram seu país e grande parte da Ásia oriental. Deixou vasta obra escrita e seus provérbios e diálogos com discípulos foram reunidos por estes no texto Lun Yu (Os Analectos)
O comunismo na China passou por um processo de absorção e