Politica social (fichamento)
Capitalismo, liberalismo e origens da política social
Não se pode indicar com precisão um período especifico de surgimento das primeiras iniciativas reconhecíveis de política social, pois, como processo social, elas se gestaram na confluência dos movimentos de ascensão do capitalismo com a Revolução Industrial, das lutas de classes e do desenvolvimento da intervenção estatal. (Pg. 47)
Lei Speenhamland, ela estabelecia o pagamento de um abono financeiro, em complementação aos salários, cujo valor se baseava no preço do pão. Garantia assistência social a empregados ou desempregados que recebessem abaixo de determinado rendimento, e exigia como contra partida a fixação do trabalhador, pois proibia a mobilidade geográfica da mão de obra. Assegurava aos trabalhadores pobres uma renda mínima independentes de seus proventos. A lei Speenhamland, permitia ao trabalhador minimamente ‘negocia’ o valor de sua força de trabalho, impondo limites ao mercado de trabalho competitivo que se estabelecia. (Pg. 49)
A “descoberta” do trabalho livre como produto de valor de troca e sua potencialidade na e para a acumulação capitalista, precisou o significado do trabalho para as relações sociais. Na sociedade capitalista burguesa, o trabalho perde seu sentido como processo de humanização, sendo incorporado como atividade natural de produção de para troca, independente do seu contexto histórico. No capitalismo, ao ser tratada como mercadoria, a força de trabalho possui duplo caráter: ser produtora de valor e de uso e valor de troca, ou como explicita Marx “ todo trabalho é, de um lado, dispêndio de força humana de trabalho, no sentido fisiológico, e, nessa qualidade trabalho humano igual ou abstrato, cria valor de mercadorias. (Pg. 50)
As relações capitalistas constituem relações de produção de valores de troca para acumulação de capital, através da expropriação da mais-valia adicionada ao valor do trabalho livre, condição da produção capitalista e razão