Politica públicas e sociais
Ariane Marcela Brocanelli
Acadêmica de nutrição FSP-USP, estagiária curricular em marketing da Nutrociência
A gota é uma das doenças mais registradas na história da Medicina. Trata-se de um distúrbio do metabolismo das purinas, em que níveis anormalmente altos de ácido úrico se acumulam no sangue (hiperuricemia).
Não é contagiosa, mas passa de geração em geração numa família e aparece geralmente após os 35 anos de idade.
Sendo uma das principais causas da artrite crônica, também está fortemente associada com obesidade, alterações do colesterol, diabetes e insuficiência renal.
Estima-se que 2% da população mundial sofram de gota e que, entre os doentes, exista uma mulher para cada oito homens.
O acúmulo de ácido úrico no sangue pode acontecer tanto pela produção excessiva quanto pela eliminação deficiente da substância.
Sempre que ingerimos proteínas utilizamos parte delas para gerar energia e a outra parte que não utilizamos é transformada em ácido úrico.
É normal que o ácido úrico esteja presente no sangue, mas quando há uma quantidade excessiva, provocada pela a alta ingestão de proteínas ou por uma dificuldade do rim em eliminá-lo, ocorre a gota úrica nas articulações ou nos próprios rins, onde são formados cálculos renais (pedras nos rins). A hiperuricemia facilita a precipitação de cristais de ácido úrico no sangue, o que resulta em um ataque de gota.
Geralmente uma lesão trivial ou um exercício além do habitual pode desencadear os episódios. A obesidade e dietas pobres em carboidratos também são fatores que podem precipitar uma crise.
Os episódios de Gota caracterizam-se por início súbito e agudo da dor artrítica localizada, começando habitualmente pelo dedão do pé e que continua subindo pela perna.
Outra manifestação característica da gota é a formação de abscessos sobre as articulações. Semelhantes a caroços cheios de substâncias brancas dentro, em algumas crises agudas, esses “tofos” podem vazar.
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