Politica como vocação
Antes de entender a relação entre homem e política, Weber define Estado. Sua definição parte pelos meios utilizados pelo Estado, ou seja, um Estado se define não por seus fins, mas pela maneira como ele os alcança. Assim como Hobbes, Weber entende que a característica principal de um Estado é este ser o único detentor do uso legítimo da violência. Ao entender a violência como o instrumento específico do Estado, o autor define política como sendo o “conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder”.
Após definir a participação do Estado na política, Weber aponta a participação do homem. Para ele, todos os homens envolvidos na política estão em busca de poder; partindo-se do principio que mesmo a construção do Estado está baseada em relações de poder entre os homens. Sendo assim, o Estado é resultado da submissão de homens à uma autoridade dominadora. A dominação, elemento fundamental na consolidação e formação do Estado, pode ser de três tipos legítimos: tradicional, carismática e legal. A primeira, como o próprio nome diz, é de base tradicional, ou seja, está fundamentada nos costumes e hábitos existentes em uma sociedade, como pode ser visto na sociedade patriarcal, por exemplo. Já a dominação carismática é baseada no carisma que o líder político tem, essa é fruto de suas características pessoais e não tem relação direta com a sua habilidade como político. Esse tipo de dominação se dá pela crença depositada no líder e em suas qualidades, contudo sua dominação não consegue ser plenamente exercida sem meios que o permitam realiza-la, sendo assim, este também precisa