Polimorfismo de Farmacos
Higroscopicidade
A higroscopicidade é a capacidade de uma substância sorver moléculas de água do ambiente onde se encontra, e quando aumentada pode reduzir a estabilidade do fármaco, especialmente se o mesmo é sujeito à hidrólise(ANVISA).
As formas anidras dos fármacos apresentam atividade termodinâmica maior em relação aos seus hidratos correspondentes e, conseqüentemente, maior solubilidade e velocidade de dissolução em relação às formas hidratadas (Glanzner e Silva).
Polimorfismo
Definido como capacidade de uma molécula (fármaco) existir em mais de uma forma ou estrutura cristalina.
Define-se polimorfismo como a propriedade que certas substâncias apresentam de cristalizar sob distintas formas cristalinas, quimicamente idênticas, mas com diferentes propriedades físicas (ponto de fusão, solubilidade). Tal fato decorre das condições empregadas na síntese e purificação da substância, dependendo, por exemplo, do tipo de solvente utilizado e da temperatura da reação. (ANVISA).
A grande importância do controle do polimorfismo no desenvolvimento de compostos bioativos de utilidade terapêutica está principalmente relacionada às suas diferenças de solubilidade, as quais podem afetar diretamente a biodistribuição e, portanto, sua eficácia. Um dos exemplos mais conhecidos dos problemas causados pelo polimorfismo na indústria farmacêutica é o do ritonavir, um fármaco utilizado como inibidor da protease do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e usado no tratamento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). Lançado pela empresa Abbott, em 1996, sua formulação era composta por apenas um polimorfo. Em 1998, mesmo utilizando processo idêntico de síntese, o ritonavir passou a apresentar graves problemas de solubilidade devido ao aparecimento de um segundo polimorfo que impedia sua formulação original. (Kümmerle).
Salvatos
Quando moléculas de solvente fazem parte do retículo cristalino, esses adutos são denominados solvatos. Solvatos cujo solvente de