tuberculose

FISIOPATOLOGIA, POLIMORFISMO, FARMACOGENÉTICA E TÉCNICAS DA BIOLOGIA MOLECULAR ATRIBUÍDAS A TUBERCULOSE

1. INTRODUÇÃO
A tuberculose (TB) é um mal que vem assolando a humanidade desde a pré- história. Em meio a grandes epidemias e recessos, é provável que o Mycobacterium tuberculosis tenha provocado a morte de mais pessoas do que qualquer outro patógeno microbiológico. Em março de 1882 o médico alemão Robert Koch anunciou a descoberta do bacilo da tuberculose. A espécie Mycobacterium tuberculosis pertence ao gênero Mycobacterium, família Mycobacteriaceae, ordem Actinomycetales, classe Actinobacteria, filo Actinobacteria, reino Monera.
A transmissão do bacilo entre pessoas se dá através da tosse ou espirro de um indivíduo doente com a forma pulmonar bacilífera e a consequente inalação de partículas suspensas no ar pelo outro indivíduo. O pulmão é a porta de entrada para o bacilo, causando um foco de infecção no local onde se deposita após ser inalado. Se a infecção não for contida em nível local, a disseminação do bacilo ocorre através de uma rota hematogênica, provavelmente dentro de fagócitos, atingindo a pleura e diferentes órgãos. Alcança os linfonodos hilares por via linfática, podendo ocasionar uma segunda disseminação sistêmica, através do ducto torácico e da veia cava superior, com o desenvolvimento de focos nos pulmões. Focos extrapulmonares também podem ser produzidos por disseminação hematogênica e linfática.
As manifestações clínicas da TB dependem das defesas orgânicas dos sítios de multiplicação do bacilo. Acredita-se que a aplicação da vacina bacille Calmette-Guérin (BCG) tenha essencial importância nessa fase, evitando a disseminação e a ocorrência de formas extrapulmonares da tuberculose. Um grande número de evidências epidemiológicas sustenta que 90% dos indivíduos com infecção por tuberculose latente nunca manifestarão clinicamente a doença. Para o tratamento da tuberculose no Brasil, utilizou-se por mais de trinta anos o chamado esquema de