Policiando uma sociedade livre

Policiando uma sociedade livre
(Herman Goldstein)

Goldstein nesse capítulo fez uma explanação muito esclarecedora, completa e, por que não dizer, detalhada, a respeito de um assunto que pode gerar uma certa polêmica, tanto no meio da sociedade como entre os policiais e instituições as quais trabalham diretamente com a questão da discricionariedade e tomada de decisões. Polêmica porque, não é difícil um mesmo indivíduo, analisando a mesma situação pode, no decorrer do caso, ter diversas interpretações e, portanto dúvidas a respeito de qual decisão escolher. Apesar da existência das legislações, procedimentos padronizados, moralismos e até mesmo costumes, em uma sociedade com desdobramentos de situações peculiares, a maneira correta de agir há de ser pensada de acordo com o momento, o local, as pessoas envolvidas e a viabilidade de levar uma situação adiante. O policial, diante desse cenário pode ter um conflito, conforme o autor relata, no que diz respeito ao seu crescimento profissional, pois não fica claro o que é certo ou errado e do que é formal ou informal e, de certa forma, alguns procedimentos acabam colocando as instituições policiais em uma ambiguidade com relação ao seu preparo e á sua competência. Porém, antes de entender o porquê de existir a discricionariedade, já que existem regulamentos, leis e procedimentos para orientar os agentes que trabalham com segurança pública, é necessário discutir exatamente o significado da palavra discricionário. Antes focar apenas em situações policiais, é mister lembrar que a todo momento, em diversas situações, até mesmo as pessoas comuns povo são discricionárias, o que até alguns podem definir como jeitinho brasileiro”, mas na verdade, trata-se de tomar decisões adequadas de forma que todo o processo possa ser desdobrado de uma forma que fique bom para todos sem causar maiores transtornos. Quando se leva para o lado estatal, tendo como personagem principal as polícias, que lidam com o povo nas