Poliana Moça
Eleonor H. Porter
Poliana moça
Adaptação de Ana Carolina Vieira Rodriguez
1ª edição
Poliana Moça
1
1/29/06, 5:30 PM
Coleção Aventuras Grandiosas
Capítulo 1 ESPERANÇA PARA RUTH
Della Wetherby tocou a campainha da linda casa de sua irmã na avenida
Commonwealth.
— Olá, Maria, como vai? — disse à criada que veio abrir a porta.
— Bem, obrigada. Se veio visitar d. Ruth, saiba que ela não quer receber ninguém. Della ignorou o aviso e dirigiu-se à sala de estar, onde encontrou a irmã com o ar cansado e a aparência abatida. Para piorar o quadro, todas as janelas estavam fechadas, deixando o cômodo abafado e escuro.
— O que houve, Ruth? — perguntou.
— O de sempre, minha irmã, o de sempre...
— Querida, é preciso reagir. Você é uma mulher bonita e rica, com apenas trinta e três anos. Seu marido morreu cedo, é verdade, mas vocês viveram felizes enquanto ele era vivo.
— Você não entende, Della. Sinto falta de meu marido, mas já me conformei com sua morte. O que me deixa assim... você sabe.
— É Jimmy.
— Não paro de pensar nele, mesmo sabendo que já faz oito anos.
— Querida, a vida continua. Nós fizemos o que pudemos.
— Minha vida está ESTAGNADA. Só voltarei a viver no dia em que o encontrar.
Della ficou pensativa. Abraçou a irmã com carinho, depois disse com firmeza:
— Eu já sei do que você precisa. Tive uma grande idéia!
Ruth não manifestou animação.
— Como você pode saber do que eu preciso, Della? — perguntou.
— Uma boa dose de Poliana lhe fará bem!
— Lá vem você com sua mania de medicar. Enfermeiras não devem PRESCREVER, sabia? Você não é médica.
Della soltou uma alegre gargalhada.
— Poliana não é remédio, minha irmã. É uma garota. Deve estar com treze anos agora.
— Ah, bom. Por que não disse antes? Da mesma maneira que se toma
BELADONA, pensei que Poliana também pudesse ser receitada.
— Poliana foi paciente no hospital onde trabalho aqui em Boston. E posso dizer que ela revolucionou tudo por