Poliamorismo

7011 palavras 29 páginas
Resumo: A liberdade de escolha é primado da Constituição Federal de 1988, objetiva-se assim, viabilizá-la criando-se meios que deixem à discricionariedade de cada um a forma como queira criar seu meio familiar. O presente artigo cientifico tem como objetivo principal analisar a união poliafetiva, com bases nos princípios garantidores da dignidade do homem e tornar incólume a sua liberdade, tendo como referencia o surgimento dessa união no meio social, não como um algo novo, mas algo que só veio a tona agora. Além disso, cumpre analisar tal união dissociando-a de alguns institutos correlatos, como a bigamia e o concubinato. Expor, sucintamente a evolução que vem sofrendo o conceito de família, até chegar nos arranjos de uniões que encontramos hoje em dia na nossa sociedade. E conseqüentemente, perquirir sobre os possíveis efeitos e direitos advindos de tal união. E por fim, relacionar os direitos conseqüentes do reconhecimento da união poliafetiva. Por se tratar de uma questão de cunho subjetivo, é inconcebível o Estado decidir com quantas pessoas devemos criar laços familiares.

Palavras-chave: União poliafetiva. Liberdade. Dignidade. Reconhecimento.

A sociedade é mutante em sua essência. O direito, dessa forma, deve acompanhar essas mudanças e agregar institutos novos conforme o caminhar da sociedade.

As relações familiares não são relações estanques, isso torna o direito de família notadamente um dos institutos que mais experimenta mutações. É compreensível que se analise as relações familiares a partir de um olhar mais aberto. Dessa forma, tendo como uma constante o ritmo crescente das mudanças nas relações sociais, o que antes era inaceitável se tornou hoje corriqueiro e praticado como um ato normal nas praças e nos meios sociais. Não se deve, assim, manter os conceitos fundamentado num anacronismo jurídico, pois a sociedade passa por ciclos.

O ser humano é dotado de várias peculiaridades, não estabelece seus comportamentos unicamente

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