Polialelismo
A polialelia resulta de mutações sucessivas ocorridas nos genes de um determinado locus. Cada gene mutante que surge estabelece condições para o aparecimento de mais uma nova expressão fenotípica daquele caráter, naquela espécie.
Um exemplo disso ocorre em coelhos, onde podem ser distinguidos quatro fenótipos distintos para a cor da pelagem: selvagem (cinza-escuro, quase negro), chinchila (cinza-claro homogêneo), himalaia (branco, com focinho, orelhas e extremidades das patas e da cauda negras) e albino (inteiramente branco).Esses quatro fenótipos originam-se a existência de quatro alelos distintos de um mesmo lócus. O gene C determina a manifestação selvagem e é dominante sobre todos os outros alelos. O gene cch condiciona o fenótipo chinchila e é recessivo para selvagem, mesmo sendo dominante para os outros. O gene ch é determinante da manifestação da pelagem Himalaia, sendo dominante apenas sobre o albino. O gene c produz o fenótipo albino e é recessivo para todos os demais alelos.
Sabemos que os genes são pedaços de DNA, e que organismos diploides sempre irão apresentar dois alelos de cada gene, sendo um proveniente do pai e outro da mãe. Assim, certos genes podem sofrer mutações ao longo do tempo, originando vários genes alelos. Por exemplo, se um gene A se duplica, ele originará dois genes A idênticos a ele. Se esses genes A também se duplicarem, também produzirão genes A idênticos. Mas, se houver uma mutação nesse gene A, ele se modificará, podendo então ser chamado de a. Esse gene modificado produzirá uma proteína diferente, talvez porque somente um aminoácido tenha sido trocado. O gene A e o gene a podem sofrer uma, duas, três ou várias mutações, originando uma série de múltiplos alelos que controlam o mesmo