Poiticas publicas
A permanente presença da doença e do sofrimento no cotidiano das pessoas tem gerado a tendência natural de pensar a saúde em termos de “ausência de doença”, ou seja, como ausência de sinais objetivos de que o corpo não está funcionando adequadamente, e/ou de sintomas subjetivos de mal-estar, doença ou lesão (Sarafino, 1994).
Concretamente, a Psicologia da Saúde é conceituada por Matarazzo (conforme citado por Remor, 1999) como ““... o conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais, que as diferentes disciplinas psicológicas fazem à promoção e manutenção da saúde, à prevenção e ao tratamento da doença, à identificação dos correlatos etiológicos e diagnósticos de saúde, à doença e as disfunções relacionadas, à melhora do sistema sanitário e à formação de uma política sanitária”
As políticas públicas de saúde, permeadas pelo evidente predomínio político e ideológico do projeto neoliberal para essa área, têm estado perpassadas por duas concepções antagônicas de organização: “... a organização de acordo com as necessidades do mercado e a organização de acordo com as necessidades de saúde da população”.
Contudo, a inserção do psicólogo no campo da saúde pública não apenas tem sido limitada, mas a própria prática deste profissional, perpassada também pela divisão cartesiana corpo-mente, tem tendido ao isolamento e a ficar restrita ao mental