Poema
Drogas que melhoram a memória e o desempenho cognitivo estão longe de ser aprovadas, mas suas implicações sociais já despertam debates acirrados por Stephen S. Hall edição 17 - Outubro 2003. Scientific American
Não é de hoje que pesquisadores tentam descobrir medicamentos para tratar doenças cerebrais, como o mal de Alzheimer, a esquizofrenia, o transtorno de déficit de atenção – hiperatividade (TDAH), o mal de Parkinson, etc.
Muitas dessas doenças provocam danos cognitivos devastadores, e o paciente passa a ter parte de suas atividades mentais comprometidas, tanto na sua capacidade de aprendizado, memorização, compreensão, linguagem, distúrbios de sono, etc.
Nos últimos anos, o uso de algumas drogas como a Ritalina, Adderall, modafinil, donepzil, entre outras, provocaram melhoras importantes no quadro clínico desses pacientes, permitindo uma notável recuperação na qualidade de vida. Entretanto, algumas dessas drogas passaram a ser consumidas (ilegalmente ou sem prescrição) por indivíduos sadios, os quais também descreveram melhoras no desempenho intelectual.
Entretanto, como esses medicamentos são recentes ainda não existem suficientes estudos que nos permitam saber quais os efeitos colaterais do se uso a longo prazo, principalmente quando ingeridos por indivíduos sadios. Não há estudos que avaliem ao certo quanto melhor o cérebro funciona quanto aumenta nosso QI, nem os efeitos dessas drogas sobre o cérebro -em formação- de crianças e adolescentes. Tampouco se sabe se o uso desses compostos provoca apenas uma melhora temporária na capacidade cognitiva, ou se as alterações aumentam de fato a capacidade de aprender, através de mudanças permanentes da organização cerebral.
Mas a busca do ser humano pela perfeição nunca acaba, muitos “pagam pra ver” e nem se importam se futuramente terão algum problema. Por outro lado, sem essas corajosas “cobaias”, não teríamos evolução em nenhuma área da