Poder Soberano e religião segundo Maquiavel

Poder Soberano e religião segundo Maquiavel, Hobbes e Locke
O intuito deste ensaio é fazer uma análise aprofundada sobre poder político, dando enfoque ao Soberano, e relacioná-lo com a religião segundo a visão de três importantes teóricos do pensamento político: Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e John Locke.Para o êxito, será necessário abordar os contextos históricos, as influências políticas e os objetivos de cada autor com as suas obras, para que assim, seja possível delinear de forma fidedigna suas teorias e estabelecer conexões e dessemelhanças entre eles.
Seguindo uma ordem cronológica, o primeiro autor a ser abordado será Nicolau Maquiavel(1469-1527). Visto por muitos como percursos do pensamento Moderno, buscou não somente criticar os modelos políticos da sua época (que eram fundados em um poder teológico), como também elaborar de forma objetiva um outro que fosse capaz de trazer a unificação italiana, escrevendo assim “ O Príncipe”, sua obra de maior destaque. Nela, mostrou seu pessimismo perante a bondade humana, a necessidade de um Estado forte, centralizado em um monarca e secular, pois segundo ele, um soberano não governa sob a vontade divina, e sim devido a sua virtú e fortuna. Ressalta também que a religião atrapalha as ações do soberano quando esta preocupada com o desenvolvimento da instituição e não com o espírito cívico.
O próximo autor a ser estudado será Tomas Hobbes(1588-1679). Influenciado pela contra-reforma e conhecido como teórico dos Estados Absolutistas, retomou o poder eclesiástico ao pensamento político. Em sua obra principal, o Leviatã, por mais que os seres humanos fossem livres em seu “estado natural”, pertenciam a um meio anômico, violento e de constantes conflitos, sendo assim, seria necessário abrirem mão de sua liberdade através de um contrato irrevogável com o Leviatã, para terem em troca a paz e a segurança. Nesse caso, o poder seria absoluto e concentrado em um monarca ou em