Pobreza no ms
Cerca de 100 mil sul-mato-grossenses sobrevivem com renda de até R$ 70 reais por mês. Os dados são do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. E um dado ainda mais preocupante. Quatro entre dez pessoas que vivem nessa situação são indígenas. Quem mora nas cidades depende de ajuda para viver. Na comunidade Cidade de Deus, perto do principal “lixão” de Campo Grande, vivem cerca de 260 famílias de forma improvisada. Cada família tem em média 5 pessoas e, o rendimento, não chega a um salário mínimo. Elas dependem da ajuda de terceiros para o sustento da família.
Mato Grosso do Sul aparece em décimo lugar, com 4,9% da população com renda de no máximo 70 reais por pessoa. São quase 100 mil pessoas. Para a economista Mara Gordin isso não significa que essas pessoas vivem apenas com esse rendimento. “A renda per capita pode ser de R$ 70, mas sempre existe algum aparato social que dá um certo amparo e mantém essas famílias protegidas de coisas piores”, afirmou economista. Ela destacou o papel das igrejas e das ONGs nessa tarefa.
Um outro dado que chama a atenção no censo do IBGE é o fato de 40% da população indígena do estado fazer parte dessa estatística. São pessoas que sequer tem alguma renda. Dependem basicamente da ajuda dos programas sociais.
Outro índice preocupante é que entre as pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, mais de 15 mil são crianças de no máximo 4 anos.
A boa notícia é que o número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil vem caindo nos últimos anos. “De 1996 a 2006 a pobreza absoluta no Brasil caiu de 35% para 19%. E a distribuição de renda também está melhorando. Antes era pior, está melhorando, mas ainda é algo que precisa ser combatido”, explica economista.
Deixar de trabalhar pra estudar porque vai faltar comida na mesa. Isso sem contar com o preconceito social que ainda existe. “Quando você fala que