PMF e a Responsabilidade de Proteger
CONFLITOS INTERNACIONAIS
INTRODUÇÃO
O fim do equilíbrio bipolar da Guerra Fria, cada vez menos as políticas de governos pautavam-se em ideologias tradicionais, a evidência do enfraquecimento do poder militar do Estado e seu monopólio do uso da força, o surgimento de novos conjuntos de interações, o aumento de conflitos regionais, em contrapartida, o fortalecimento do papel da ONU e consenso geral, novos pactos enraizados através de convenções e assembleias, a busca de um pensamento coletivo e cosmopolita sobre essas novas agitações internacionais, novas formas de violência e as novas guerras.
Com a crescente inovação tecnológica: informática e microeletrônica, evoluídas agora na robótica autônoma, questiona-se tanto a ética do uso desses diferentes instrumentos como o seu desenvolvimento não mais exclusivo do setor de inteligência do Estado ou sua repartição militar. Autores contemporâneos questionam essa transição e transformação que passa a estrutura da violência que não começou no século 21. Barry Buzan e Lene Hansen na obra “A Evolução dos Estudos de Segurança Internacional” (2009) materializam essa agenda internacional, a partir da década de 1970, quando o ponto culminante da polarização das superpotências abrangeu o debate político-militar além “política: guerra e paz”, mas a formação de um uma ameaça real, muito fora da mecânica de ação estatal, atenção internacional, o estudo de securitização: “quem securitiza”, “para quem securitiza”, sob quais condições e resultados. Em outra perspectiva Mary Kaldor aponta:
“Assim como é difícil distinguir entre o político e o econômico, o público e o privado, o militar e o civil, [seja] também cada vez mais difícil distinguir entre a guerra e a paz” (KALDOR, Mary, 2001, p. 143)
A década de 2000 foi marcada por expressivas mudanças no cenário internacional em matéria de paz e segurança