Platão
Em linhas gerais Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contacto permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é uma realidade permanente, imutável, igual a si mesma.
A segunda são todas as coisas que nos afectam os sentidos, são realidades dependentes e mutáveis.
Esta concepção platónica é conhecida por Teoria das Ideias ou teoria das Formas.
Platão também elaborou uma teoria gnosiológica ou seja, uma teoria que explica como se pode conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do conhecimento. Segundo ele, ao ver um objecto repetidas vezes, uma pessoa lembra-se aos poucos da Ideia daquele objecto, que viu no mundo das Ideias.
Para explicar como se dá isso, Platão recorre a um mito que diz que, antes de nascer a alma de cada pessoa vivia no mundo das Ideias. Quando uma pessoa nasce a sua alma é lançada para a Terra. Com o impacto a pessoa esquece tudo o que adquiriu no mundo das ideias e só volta a lembrar-se quando um objecto lhe aparece de diferentes formas, aí ela recorda-se da ideia desse objecto. Essa recordação, para Platão designa-se de anamnesis, ou Reminiscência.
Conhecimento
Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a verdade essencial das coisas. Platão não poderia buscar a essência do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou seja, variam, mudam, surgem e se vão. Como o filósofo busca a verdade plena, deve buscá-la em algo estável, nas verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar e, se há uma verdade essencial para os homens, esta verdade deve valer para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em