Platão
Em 388 a.C, aos quarenta anos, Platão viajou para a Itália, a fim de conhecer as comunidades dos pitagóricos. Durante essa viagem, Platão foi convidado por Dionísio I para ir à Siracusa, Sicília, que aceitou certo de que conseguiria conquistá-lo. Platão até estabeleceu amizade com Díon, parente do tirano, mas se indispôs com Dionísio que o vendeu como escravo a um embaixador espartano. Platão foi resgatado por Anicérides de Cirene e, retornando a Atenas, fundou a Academia em um ginásio localizado no parque dedicado ao herói Academos, dando origem ao nome.
Em 367 a.C., voltou à Sicília: Dionísio I falecera, e governava, seu filho, Dionísio II, que segundo Díon, poderia colaborar com a realização dos desígnios platônicos. Mas, não foi bem assim: Díon foi exilado, acusado de tramar contra o trono, e manteve Platão quase como prisioneiro. Dionísio só permitiu que Platão voltasse à Atenas, pois estava envolvido em uma guerra. Em Atenas estava Díon que o convenceu a voltar à Siracusa, acreditando na mudança de sentimentos de Dionísio. E assim o fez, realizando sua terceira viagem, no ano de 361 a.C., voltando à Atenas um ano depois, onde viveu dirigindo a Academia até sua morte, em 353 a.C.Os escritos deixados por Platão chegaram até nós em sua totalidade. Dividiu-se os trinta e seis trabalhos em nove tretalogias. Dos escritos surgem alguns problemas como a sua autenticidade, tendo como duvidosos todos os diálogos. Hoje, no entanto, já consideram quase ou todos como autênticos. Além disso, um segundo problema concerne à cronologia dos escritos. A partir de As Leis, certamente