Platão
Platão pode ser considerado um pensador de perene atualidade pois jamais deixou de ser estudado e pesquisado nos últimos dois milênios. Considerava a política como decorrência da filosofia, já que acreditava que o poder devia ser entregue aos mais sábios. Dois fatos marcaram a vida de Platão: o seu encontro com Sócrates; e, nove anos depois do encontro, a condenação da morte de Sócrates. Sócrates faz parte de todas as obras de Platão. Platão não acredita que as ideias derivam dos sentidos, ele acredita que a alma lembra o que já se sabia antes de reencarnar (reminiscência, que é a tese principal do Platonismo). Ou seja, conhecer significa recordar, ou melhor, a percepção do mundo externo não fornece nenhum conhecimento, somente um estímulo à recordação. A alma mortal conhece todas as ideias. Para o processo de formação do conceitos não nascer da experiência, Platão propõe a teoria do inatismo, onde a alma conhece as coisas recuperando a lembrança adormecida daquilo que viu no mundo extraterreno antes de reencarnar. A associação mental se dá por semelhança ou diferença, e cada comparação pressupõe a existência de uma semelhança. Os juízos comparativos implicam o confronto com um protótipo ideal. Reconhecer ou identificar uma coisa pelo o que ela é, implica um juízo de semelhança com um modelo, porém a ideia de igualdade também não pode ser deduzida da simples confrontação de duas coisas iguais, sendo assim, a ideia de igualdade precede toda a ideia de igualdade, que por fim precedem a experiência. Ou seja, as ideias de semelhança, diferença ou igualdade são inatas. A percepção das coisas sensíveis é um estímulo das ideias inatas (que nasce conosco). A figura do filósofo e sua tarefas são delineadas por meio de metáforas.
• Caverna escura: nosso mundo, no qual reina a opinião.
• Escravos acorrentados: homens.
• Correntes: a ignorância e as paixões, as quais acorrentam os escravos pelas pernas e pescoço, incapacitando-os de virar a cabeça.