Platão
DAS APARÊNCIAS AO MUNDO DAS IDÉIAS
Platão admite a existência de dois mundos: o sensível e o inteligível, e são esses dois mundos, que Platão buscou integrar, harmonizar, em sua teoria das idéias. Antes dele, os filósofos se distinguiam porque uns achavam que só se podia conhecer através dos sentidos, outros que o conhecimento só era possível pela inteligência, pela razão.
Para Platão o mundo imutável, era exatamente o mundo das idéias, dos conceitos, das categorias, ao qual deveríamos ter acesso. Para ele, a primeira maneira de conhecer era representado pela sombra, pelo reflexo. A sombra de uma árvore, ou de um homem, não é nem a árvore, nem o homem. Quando deixamos de ver a sombra para ver diretamente a árvore, ou o homem, o nosso conhecimento já é diferente, é mais próximo da realidade. Segundo ele, não teria sentido ficarmos apenas na contemplação do mundo das idéias, porque o que desejamos é conhecer o mundo em que vivemos. Existe, em consequência, um retorno ao mundo do sensível, da mesma maneira que houve um movimento de subida ao mundo inteligível, há o movimento de descida ao mundo sensível, os dois mundos se integram porque as coisas concretas participam do mundo inteligível e por isso elas podem ser conhecidas, mesmo quando há mudanças é uma das suas condições.
O MÉTODO DIALÉTICO DE PLATÃO
A ascensão dialética, é o itinerário pelo qual nos levamos do mundo sensível ao mundo das Idéias: no mais baixo grau, as simples impressões sensíveis (eikasia), um pouco mais acima, as opiniões estabelecidas (pistis), em seguida, o pensamento discursivo (dianoia) que constrói o raciocínio partindo de figuras, como fazem os geômetras, e, finalmente, no mais alto grau, o pensamento intuitivo, a iluminação direta pela