Platão
Laços de solidariedade dos cativos
Era impressionante a dedicação dos cativos aos seus familiares, o respeito pela velhice, a força dos laços queunia aqueles que vinham nos mesmos navios negreiros. Tanto que Gilberto Freyre em uma pagina crítica ao patriarcado rural e urbano brasileiro, afirmouque foi entre os escravos que desabrochou no Brasil o sentimento de solidariedade mais largo que o de família sob forma de sentimento de raça.
Permanecer a mesma família, etnia, até mesmo uma simples amizadeou ser também apenas escravos poderia atrair o apoio um do outro.
Fugas temporárias
Os elos afetivos entre as pessoas levavam os cativos a se ajudarem mutuamente , mesmo quando a situação envolvia sérios riscos, sempre havia aqueles que fugiam de tempos em tempos para visitar seus familiares e amigos. Além de durarem pouco tempo geralmente essas fugas aconteciam nos feriados e dias santos.
Espaço econômico dentro da escravidão
Os escravos foram capazes de conquistar espaços econômicos dentro da sua própria escravidão e até de participar do mercado, vendendo em seu próprio proveito em algumas mercadorias po eles produzidas, ou mesmo subtraídas do seu senhor. No escravismo urbano, a luta pelos direitos aos frutos do próprio trabalho passava assim pela conquista de um outro direito: o de ir e vir. Os canoeiros de Recife tinham mais autonomia do que muita gente livre, eles pagavam semanalmente uma certa quantia ao seu senhor e moravam nos seus próprios casebres, espalhados pelos arredores da cidade.
Reescravização
Além dos limites legais impostos aos cativos, havia também outros perigos, cujo quais nem os alforriados escapavam, a reescravização. Apesar do Código Criminal de 1830 reconhecer a pratica de crime de redução de pessoa livre a escravidão e que levava a uma pena entre 3 a 9 anos o numero de casos era muito elevado. Não sabemos quantos desses criminosos foram de fato julgados e condenados por tal crime.
As crianças